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Consequência da pior estiagem no Sudeste, nascente do Velho Chico está seca

24/09/2014 | 2051 pessoas já leram esta notícia. | 3 usuário(s) ON-line nesta página

Ribeirinhos devem ter que racionar água. Especialistas alertam que é necessária uma melhor gestão dos recursos hídricos no país

A nascente principal do Rio S&ão Francisco, situada no Parque Nacional da Serra da Canastra, no munic&ípio de S&ão Roque de Minas, regi&ão centro-oeste do estado, secou pela primeira vez, em decorr&ência daquela que j&á &é considerada a pior estiagem da hist&ória no Sudeste brasileiro. A situa&ç&ão, confirmada ontem pelo chefe da unidade de conserva&ç&ão, Luiz Arthur Castanheira, coloca em alerta todas as comunidades ribeirinhas para a possibilidade de racionamento de &água ao longo do chamado Rio da Integra&ç&ão Nacional, o maior curso d&’&água que nasce e des&água em territ&ório brasileiro, estendendo-se por 2.700 quil&ômetros, em cinco estados (Minas, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe). Sua bacia hidrogr&áfica alcan&ça 504 munic&ípios, incluindo cidades de Goi&ás e o Distrito Federal.

&"Ter&ão de ser adotadas, imediatamente, medidas para se promover o uso racional da &água na bacia&", alerta o presidente do Comit&ê da Bacia Hidrogr&áfica do Rio S&ão Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, lembrando que a situa&ç&ão cr&ítica das nascentes tamb&ém reflete no n&ível cr&ítico dos reservat&órios das usinas hidrel&étricas, como Tr&ês Marias, que est&á com apenas 6% da capacidade. Miranda considera que o secamento de nascentes e a dr&ástica redu&ç&ão no volume do rio devem servir como advert&ência para que o governo revise as outorgas de &água e o funcionamento das usinas hidrel&étricas ao longo da bacia.

&"&É preciso que o poder p&úblico considere esta situa&ç&ão como um sinal de alerta para a necessidade de mudan&ças no modelo da matriz energ&ética do Rio S&ão Francisco e de mudan&ças no programa de concess&ão de outorgas&", alertou. Segundo ele, o comit&ê vai procurar estabelecer acordo entre os entes da Federa&ç&ão (esferas federal, estadual e municipal) para maior controle da retirada de &água do Velho Chico. &"Precisamos de um grande pacto em torno do uso das &águas da bacia, abrangendo todos os Poderes. Hoje, s&ó se olha para as demandas, mas temos que observar o aspecto da sustentabilidade. O rio n&ão tem &água para todo mundo&", afirma Miranda.

O chefe do parque nacional afirma que &é a primeira vez na hist&ória que a nascente principal seca, uma realidade que &"deixou todo mundo assustado&" e impressionou antigos funcion&ários do parque. Por&ém, ele acredita que a situa&ç&ão tende a se normalizar com o fim da estiagem.

Fonte Correio Braziliense